Fiquei matutando depois de fazer o rango descrito, de pois de ter visto algumas coisas ontem, sobre como pode o meu lazer, meu tempo livre pode ser melhor empregado, diante do um monte de molecada desembestada pela frente.
Pensando que os madeireiros estavam carregando toras de árvores, troncos imensos em suas costas, no meio da florestas. E pensei que os moleques estavam com suas caras sujas de fuligem, trampando 10 horas seguidas na carvoaria, de olhos vermelhos pela fumaça. E das meninas que se prostituem no Pará por um hot-dog.
Mas nem é preciso ir muito longe nesta estrada, pois dá para ver a gurizada, pirralhos mesmo, que são trazidos de peruas kombis lá da Zona Sul aos baldes, aos montes, e são despejadas logo cedo nas ruas dos bares "limpinhos" da Vila Madalena, Vila Olimpia, Pinheiros ou mesmo que seja nos bares do Largo da Batata, o lado mais de passagem, mais nordestino e trabalhador de Pinheros, tá cheio da molecada trampando até cedo da manhã, e depois são apanhados pelos "pais" ou mães da rua, e sugados todas as moedinhas e notas que possuem, para voltar novamente noutro dia.
E que o poder público desta cidade não faz nada para tirar este tipo deste trabalho escravo "pós-moderno", quase invisível mas muito visível para quem anda no Largão. Vim ontem de trenzão de Osasco do trampo na escola (festa junina), e passei por aquele cenário de Igrejas e boates intercalados, e pelo canteiro de obras do Largão da Batata com cheiro de churras de gato, de sebo e gordura que sai de alguns bares e o som predominate do forró eletrônico ou similares.
Essa molecada tem é que brincar, se divertir e estudar, e não ficar vendendo chiclete entre os marmajos, marujos e damas da noite. E pensei, como é bom que nós, trabalhadores, conquistamos o tempo livre e o lazer, ainda que para escrever bobagens como estas que escrevemos.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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