27 de Junho de 2009
Ele andava na rua, sem nenhuma expectativa de amanhã ou mesmo hoje à noite. Tomando chuva, sua roupa, seu cabelo e tudo o mais encharcava. Tinha sensação de que poderia se foder, mas, ó céus, como poderia se foder mais que aquilo? Enquanto via crianças do mangue catando a xepa da feira daquele Sábado, pensou sempre há uma buraco mais embaixo.
Como poderia cair mais embaixo? Mas aqueles que estão por baixo sempre caem mais um pouco. Então pensou: -”qual será o próximo golpe da sorte?” Ele vivia escapando das facadas, das pessoas com sorriso amarelo, que cravavam punhais nas costas. A sua vida era escapar de uma luta de facas, essa era uma boa imagem. Lembrou-se de seu camarada Cridão, que, ameaçado no meio do mato, esquivou-se de dois golpes de faca e deu um chute na mão do cara ainda. E saiu correndo daquela roubada.
Continuou sua caminhada naquele inicio de noite, pensando o que fazer naquela megalópole sem muita expectativa para ele, para a maioria dos seus e de milhares de pessoas como ele.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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