terça-feira, 7 de julho de 2009

Os mutantes e o Arnaldo: Singing alone


Balada do louco
Sobre Os mutantes, o que dizer?
Só me lembro que foi a maior surpresa encontrar um disco dos caras (este ai do lado, o segundo, de 1969) numa loja na Avenida José Joaquim Seabra, perto da antiga casa em que eu morava, no J. São Domingos, em um lugar onde nunca imaginaria encontrar um disco de rock, ainda mais nacional. Faz um bocado de tempo isto, mais de 12 ou treze anos, e eu achei coisas boas lá também: o primeiro do Som imaginário, o disco do Zé Ramalho que tem a Zyliana, o Opus Visionário (esta faixa, infelizmente, está pulando; penso que todos estes discos da loja estavam com defeito, pois haviam muitos, em série).
O disco é bem antigão, com esta capa ai de cima, na contra capa, tem um texto sobre a música comercial, que se assumia mesmo, sem hipocrisia (pois o que não é para se vender na indústria cultural, numa sociedade de consumo? Ao menos, são sinceros e autênticos, diferente de muitos, hoje em dia) a propaganda que fizeram para a Shell, algo mais. Era o segundo disco, Mutantes apenas, que tinha 2001, Qualquer bobagem, composições com o Tom Zé. Além disso, tinha o Dom Quixote, Caminhante Noturno, entre outras maravilhas de composições. tem os fantásticos arranjos do Rogério Duprat (um mestre da época do tropicalismo, manda bem em tudo que fez com Chico, a Banda tropicalista).
Agora, assistindo o filme sobre o Arnaldo, avaliei como bem completo, deu para relembrar de seus discões, com o próprio Mutantes. Eu vi umas avaliações meio ruins sobre discos que adoro, o Tudo foi feito pelo Sol, o A e o Z, da fase progressiva. Não concordei muito com que disseram alguns entrevistados, acho que o Lobão foi um deles, se não me engano.
O que é muito interessante do Loki  (será que eu vou virar bolor? e a se tá pensando que eu sou lóki?, principalmente, que são tocadas no filme) é que trata de coisas autobiográficas, ele fala da casa na Cantareira, bem como o Singing alone, que também encontrei o vinil faz tempo no mesmo lugar, além do Patrulha no espaço (as melhores musicas Cortar Jaca e a do Trem). E isso foi bem visível do seu irmão falando sobre a incompreensão da grande mídia, dos boatos e fofocas, que quase levaram mais uma cara genial a incompreensão e ao suicídio.
Seja a partir da felicidade ou da melancolia, o Arnaldo conseguia fazer música. Era um incompreendido, ainda é, para muitos que o tomam apenas pela pose ou apenas pelo lado das drogas (gostei de ver a pintura dele), quase 40 anos depois.
Felizmente eu estava lá, vendo os mutantes naquele aniversário da cidade no Ipiranga em 2007, e pude ver os caras tocarem juntos, o que se repetiria depois no ano passado, na virada, mas nem vi inteiro (fui ver outra pérola junta, o Som Nosso de cada dia). Nunca mais esquecerei isto na minha vida inteira.

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