REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Tiranossaurus rex
Nâo tô nem um pouco preocupado em ser tachado de dinossauro ou de nostálgico. Um verdadeiro tiranossaurus rex. Se é isso que se referem quando pensam me ofender, como comunista, socialista ou qualquer coisa do tipo, tô pouco me lixando. Eu não curto a antiguidade pela estética, mas sim pela durabilidade, pela longeividade e qualidade das coisas que eram feitas. Nostalgia pouca é bobagem. Sou um aquariano futurista com ascendente em Câncer, que olha para o passado, e é mais família. A própria contradição, metamorfose, dialética em pessoa. Um caceriano sem lar, diria o Raul.
Por exemplo, muitos sapatos duravam muito mais. Máquinas de lavar roupas, temos uma antigona, Às vezes trava, mas é só consertar. E o vídeo cassete então? Bem antigão, mas funciona melhor que o DVD. A minha vitrola é mais véia que eu, mas tá inteiraça e funciona muito bem.
Hoje as coisas são descartáveis. E também nem sou pela jogada fora do bebê com a água suja do banho de tudo que está ai. O lado do acesso foi inegávelmente superior, mas tem que se superar na longeividade. A questão principal é facilitar o acesso e manter qualidade.
Não sou nada retrô, nem um pouquinho avesso às vantagens que a tecnologia pode nos proporcionar, muito menos acredito na hipocrisia da pirataria, um jogo das multi só pra enganar otários. Do contrário, não teria baixado Moody Blues, Los Canarios, Banco del Mutuo Scorso, uma seleção de músicas caipiras que encheram 3 cds e dei uma para minha mãe e uma pá de outras coisas boas que em LP no mínimo dariam uns 200, 300 paus cada
Meu salário nem dá direito para o aluguel, contas, comida, minhas baganas e canas. Isso é falsa polêmica, bazófia pra quem quer encontrar pelo em ovo. Bora discutir conteúdo, quero discutir o recheio do bolo, não os acessórios.
Hoje vejo adultos infantilizados, desaprenderam como conversar, como numa música antiga do Sá, Rodrix e Guarabyra. A tendência é a infantilização e a bestialização geral da sociedade, pois assim nos querem. E também uma parafernália de coisas inúteis, mas que o fetiche promove como a última novidade, tais como um celular com foto, com rádio e TV.
Só não tem o que é mais básico: um saca-rolhas e um abridor de garrafas. Até os canivetes multifuncionais eram mais úteis. Mp3,4..., celulares e mais engenhocas, aparelhos eu vejo todo dia na mão da gurizada. Nem faço como a molecada geração zap na sala de aula, que precisam chupar cana e assoviar. Fazem lição, veem TV, com foe de ouvido e ainda falam n celulr ao esmo tempo. Dai os resulado que obtemos. Para absorver bem um livro, um filme ou um disco, o melhor é curtir um de cada vez, se você quer ir na raiz da coisas e não ficar só na superficie, papagaiando uma falsa consciência.
Eu vejo quais são os moleques mais desandados, os mais bandidinhos, que vão para a escola com a cara que irão tocar fogo no barraco, eu sei qual é a desses moleques. Não são os piores não, pois eles é que dão os ares da graça das coisas, mostram quão fuleiro é o futuro para os mesmos. Gosto dos perigoso,é com eles que me dou melhor. Serão os futros assaltants de bancos, terroristaa que roubam os ricos. Será mesmo? Ou ficarão roubando os pobres e trabalhadores?
E também vejo as meninas que virarão santas ou putas, e são sempre as mais pobres que pagam o pato. E depois tem gente que não sabe o que fala vir me dizer sobre futuro bem planejado... Futuro bem planejado uma merda, uma ova, se nem o presente conseguimos planejar, não sobra grana nem para a bagana.
Só se for um babaca mesmo, pois tudo ruiu depois da queda de Wall Street, seu crash foi a última bomba, a queda do muro de Berlim do mercado financeiro, que sempre se recicla, é uma fenix o capitalismo. No entanto, que não consegue desenrolar em algo diferente.
Estou curtindo Time of the Seasons, do The Zombies, lembrando do Stephen King, ele também é um dinossauro. E estou lembrando do último show do Zé Geraldo no dia 2 de Outubro, lá na Conferênia Nacional de Educação, etapa estadual de São Paulo, o Zé é um dinossauro por estar lá com os educadores. A cabeça dele é um ninho de sonhos, assim como a minha e a de alguns que estavam lá.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário