Só de boa, daqui a pouco estou saindo pra trampar.
A negra índia está me chamando
para comermos macaxeira com carne.
E nessa hora me vem pensamentos:
Ela é tudo de bom, há uma década dividimos tudo
lençóis, toalha, garfos e facas
No único dia que passamos mais tempo
tomamos uma pinguinha mineira ou nordestina
enquanto preparamos juntos o almoço aos domingos
escutamos um compacto do meu velho
Elizeth Cardoso com o Zimbo Trio
o Jacob do Bandolim no Barracão de Zinco
Isso é o que é o bom da vida
sá para os que sabem aproveitar seus riscos
Morram de inveja, mentes insanas e olhos biliosos.
Eu estou de boa e não invejo ninguém
Não preciso imitar um estilo ou seguir um modelo
Não preciso parecer para ser, sou apenas
risco e rasgo todos os padrões.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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