Em alguma caixa de sapato ou alguma gaveta do passado encontrei alguma marca, uma álbum de figurinhas de times de futebol brasileiro na década de 1980. Ou até mesmo um saco com bolas de gudes, que passei para o sobrinho querido. Lembrei de alguns pequenos bloquinhos de madeira leve, pintados de azul e vermelho, que construiam cidades. Nunca mais vi estee tipo de brinquedo. Lembro até de uma historieta que inventei quando moleque, "As aventuras no rio Tietê", eu nadava no rio poluído na minha imaginação, devo ter até guardado o manuscrito no enorme saco de minhas recordações. Não preciso de artificialismos. Na minha vida, tudo parece ser tão arrumado, organizado, mas no final das contas, um filme passa na cabeça e várias fotografias ou seus flashes voltam não importa se sou profissional na coisa ou não. Vem do mesmo modo, não preciso fazer disto um ganha pão. Ganho meu pão de outras formas. Já tive muita asia ganhando meu pãoesia; eventualmente ganho alguma coisa, e não vejo nenhum problema com isto. Mas nem por isso preciso ficar falando, me justificando ou me gabando por isso. A poesia vem quieta, sem fazer alarde, calada, na boca da noite. Ela sempre me acompanhou, eu que nem sempre me dei conta disso. Ela está no toque, no jeito de fazer, numa caixa de fotografias antigas, coloridas e preto e brancas.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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