REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Jaguatirica
Mulher pequenina paraense
Andava como uma jaguatirica
movimentos elegantes
Gata da noite, olhos negros
com olheiras cansadas
Mas vivos e atentos
Um corpo esguio e magro andava
balançava cabelos castanhos
como que numa dança
O rosto rubro de sangue
e uma pele elétrica, sensível
arrepiava-se ao menor toque
mordidas na nuca
Boca com gosto de manjericão
pato à tucupi
hálito de mil hortelãs
Soprava em minha face.
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