terça-feira, 1 de junho de 2010

Ainda sobre escritores

Com o flâneur, a intelectualidade
encaminha-se para o mercado. Como ela
pensa, é para olhá-lo, mas na verdade já o
faz para encontrar um comprador. Nesse
estágio intermediário no qual ainda tem um
mecenas, porém já começa a familiarizarse
com o mercado, ela aparece como
bohème. À indefinição de sua posição
econômica corresponde a indefinição de
sua função política.” 

BENJAMIN, Walter. Passagens


“O desenvolvimento das forças
produtivas deixou em pedaços os símbolos
dos desejos do século anterior, antes
mesmo que desmoronassem os monumentos
que os representavam. No século XIX, tal
desenvolvimento emancipou as formas
configuradoras da arte, assim como no
século XVI as ciências se livraram da
filosofia. O início disso é dado pela
arquitetura enquanto construção de
engenheiro. Em seguida vem a fotografia
enquanto reprodução da natureza. As
criações da fantasia se preparam para se
tornarem práticas enquanto criação
publicitária. Com o folhetim, a poesia se
submete à montagem. Todos esses produtos
estão a ponto de serem encaminhados ao
mercado enquanto mercadorias.” 

BENJAMIN, WalterPassagens.


“Em vossa opinião a situação social
contemporânea o força a decidir a favor de
que causa colocará sua atividade. O
escritor burguês, que produz obras
destinadas à diversão, não reconhece tal
alternativa. Vós lhe demonstrais que, sem o
admitir, ele trabalha a serviço de certos
interesses de classe. O escritor progressista
conhece essa alternativa. Sua decisão se dá
no campo da luta de classes, na qual se
coloca ao lado do proletariado. É o fim de
sua autonomia." 

BENJAMIN, Benjamin. Passagens.


 Ainda não consegui digerir o que ocorreu lá no mar da faixa de Gaza, em que os israelitas atacaram o navio e mataram dez pessoas. Guerra é guerra, não tem nada de santa, mas o que uns judeus sionistas estão fazendo com palestinos, prisões, prendendo e encurralando-os na faixa de Gaza lembra o nazismo e o próprio Holocausto que eles próprios sofreram. 
O mesmo vinha ocorrendo com o Irã. Tinha gente querendo ver sangue, parecido com o mesmo pretexto que arrumaram para invadir, rapinar e surrupiar o Iraque. Depois de sete anos, cadê as tais das armas de destruição em massa do Iraque? É a mesma ladainha de sempre, enquanto Texaco, Shells, Essos da vida vão enchendo suas burras com o sangue negro (ou melhor, mouro, moureno, muçulmano). 
Um escritor, um professor, um poeta ou quem quer que seja que lide com palavras e idéias não pode se omitir ou deixar de falar nisso, sob pena de cair na banalização ou na idiotização coletiva do silêncio, da omissão ou na mecanização de apenas escrever, produzir mercadorias e vendê-las como uma besteira qualquer ou repetir fórmulas e papaiadas, pra poder continuar enchendo seu bucho e continuando a viver na falsa consciência e na má-fé.

Um comentário:

Marx disse...

Camarada Ceslso, esse ataque covarde de Israel é mais retrato da decadência da ONU ou EUA como quiser pois já viraram sinônimos dignos de dicionario.Ah se fosse o pobre Irã o protagonista de tal barbarie,hoje mesmo já estaria chovendo 'tomarroks' lá.Minha indignação é que ONU EUA defende apenas seus interresses descaradamente explicitamente e todos os substantivos do gênero,todos sabemos que Israel não passa de um fantoche americano que agora ainda por cima são nazistas, chegaram a dizer que os ativistas se puseram em risco!! sem mas palavras depois desta!!!valeu

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