Era poesia era diversão todos cantavam e dançavam ao som de uma música cafona saída daquelas caixas de som
Era poesia era dança todos rimavam ao som do corte ao talho de um lâmina aguda faca afiada no afoito da noite
Era poesia era música todos na brincadeira sem malícia ao som da agulha nos sulcos em pratos rolantes com feltros
Era poesia era brincadeira ninguém se importava naquela festa se estava ridículo ou com o que os outros diriam
Era poesia era clichê a intenção mesma das roupas danças e discos escolhidos pelo DJ naquele fim de noite fria
Era poesia era etílica tinha pinga rum whisky com petiscos torresminho além daquela última cerva tomada na volta
Era poesia era urbana como noite na divisa metropolitana entre mato represas e uma estrada sem fim no fim do mundo
Era poesia era final como tudo acaba sairam aos poucos como bichos cada um se mandando e sumindo na madrugada
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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